quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Honda Civic Si Turbo


O Honda Civic Si é o modelo esportivo da linha, isso todos sabem. Muitos sabem também que o motor K20 com o qual é equipado, debita quase 200 cv e tem uma concepção bastante avançada. Mas o que nem todos sabem, é que este motor e seus recursos tecnológicos como o VTEC, VTC e seu gerenciamento eletrônico avançado permitem que se atinja uma potência muito alta, no mesmo nível de motores de competição, mas sem que se perca toda a funcionalidade e dirigibilidade de um veículo de uso comum.

Características físicas, como por exemplo os balancins roletados, o coletor de admissão de dutos curtos e câmara plena de volume generoso, o cabeçote de alto fluxo com dutos de alta vazão e alta velocidade, bem como os perfis de comando agressivos, dão ao motor uma vocação real de alta performance.

Por outro lado, o VTEC e o VTC controlados eletronicamente mantém sob controle o comportamento desagradável em baixas rotações, característico de motores nascidos com esse tipo de configuração. Além disso, o gerenciamento eletrônico é bastante avançado e mecanicamente abrangente. A central eletronica controla, além do variador de fase do comando (VTC) e do perfil variável dos comandos, também 4 injetores com funcionamento sequencial, quatro bobinas de ignição independentes, além da borboleta do acelerador.

Além dos sensores usuais, a central recebe feedback de 4 sensores de batida de pino, um por cilindro e de um sensor de velocidade, que permite que a central calcule a marcha em que o carro está andando, permitindo diversos ajustes específicos por marcha.

Esses recursos permitem que a central trabalhe "navegando" entre mais de 20 mapas, sendo os mais importantes os de injeção combustível, ignição e curva de funcionamento do variador de fase do comando de válvulas, permitindo que o máximo de torque seja obtido em todas as faixas de funcionamento.

Tudo isso junto faz com que o K20 seja uma plataforma ideal para o desenvolvimento de um motor turbinado de potência muito alta, mas mantendo também um alto nível de funcionalidade no uso diário.

Para turbinar um carro, a primeira providência é instalar uma injeção eletrônica mapeável, o que faria com que o carro perdesse uma grande parte de seus recursos eletrônicos avançados. Felizmente existe um aparelho chamado Hondata Flash Pro. Esse dispositivo oferece uma interface com a injeção original, tornando-a totalmente mapeável e "abrindo" acesso ao ajuste de todas as funcionalidades da eletrônica original, que é de excelente qualidade e idealizada especificamente para o motor e suas características.

O próximo passo deve ser a conversão para o álcool e a adequação do sistema de combustível, tornando-o apto a alimentar a potência desejada. No caso foram instalados injetores de 220 l/h @ 45 psi, capazes de alimentar potências acima dos 600 cv no álcool. Para tanto foi necessário construir também uma flauta de combustível adequada ao maior fluxo, com retorno de combustível e que se adequasse ao tamanho do corpo dos novos injetores. A bomba de combustível original foi substituída por uma de maior vazão, da marca Walbro. Essa bomba foi direcionada para um catch tank de aço inox 304, que alimenta 3 bombas "estilo
Mercedes", que alimentam diretamente o motor.





Uma vez que a parte de alimentação está resolvida, o próximo passo é construção das tubulações. 
Foi construído um coletor para turbo em aço carbono, que teve de ser feito de acordo com o espaço disponível no carro, de forma a não interferir com os equipamentos originais do veículo, já que ali passam diversas partes importantes, como o chicote elétrico. 

Com o turbo  GT35 roletado no lugar, foi possível construir a pressurização em aço inox, com tubulação de 3 polegadas, bem como o cano de admissão de ar do turbo, que posciona o filtro de ar na frente do carro.

 

A tubulação passa por baixo do carter e leva ao intercooler ar-ar de alta vazão, fazendo algumas voltas bastante fechadas, mas o resultado final compensa, já que nenhum tubo ficou abaixo do nivel do agregado, como é muito comum nesse modelo de carro. Do intercooler a tubulação sobe pelo lado do motorista, passando no local onde originalmente ficava a bateria, que foi transferida para o porta malas, com fiação corretamente dimensionada.

Todas as junções são afixadas por presílhas que impedem a pressurização de se soltar, o que seria muito desagradável, em função da dificuldade de acesso para eventuais consertos.


O escapamento também foi fabricado com tubulação de 3 polegadas de diâmetro com flexível e segue até o final do veículo, com apenas um abafador no final. Todas as junções são desmontáveis com parafusos e flanges, sendo que o abafador final é preso por um sistema rosqueado, com junta de metal macio.



O acerto através do FlashPro é relativamente difícil, pois apesar da ótima interface do programa, o motor em si exige diversas modificações, em função de seus inúmeros recursos. Mas após o acerto ser concluído, o carro ficou com funcionamento excelente, mantendo a marcha lenta estável em 950 RPM, mantendo uma economia de combustível acima do esperado e com uma potência realmente alta para carros de uso, sobretudo dessa cilindrada.

Os resultados do dinamômetro da DSP motorsports enquanto acertávamos o carro, foram assim:

- 0,7 bar de pressão: 320 cavalos nas rodas
- 1,0 bar de pressão: 420 cavalos nas rodas
- 1,4 bar de pressão: 507 cavalos nas rodas

A potência máxima veio sempre na faixa de 8700 RPM e o limite de giros está afixado em 9000 rpm, dando indicaçòes de que potências ainda mais altas são possíveis, com mais pressão e mais rotação. 


O motor foi modificado na DSP motorsports, e recebeu pistões e bielas forjadas que reduziram a taxa para a casa dos 9,5:1. O bloco também recebeu um block guard para manter a estrutura do deck e a retífica foi realizada na Retificadora Guido Waechter, em Santa Cruz do Sul. Ainda na DSP Motorsports o carro recebeu um kit de embreagem cerâmico de disco simples americano.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pressurização AP carburado com intercooler


Pressurização em aço inox 304 polido, soldado pelo processo TIG com uma curva "gomada", de raio curto. Utiliza presilhas no turbo e na mufla, para evitar um possível desencaixe com pressão de turbo.

O intercooler utilizado é o de Marea Turbo. Seu poscionamento e instalação e recortes no carro foram executados pelo próprio cliente, cabendo a nós apenas a fabricação da tubulação e a confecção de um resevatório de vapor de óleo, em alumínio e também soldado com TIG.

O reservatório possui uma entrada e uma saída de vapor, localizadas na parte superior. Na parte inferior possui uma saída de esgotamento do óleo acumulado, com um registro do tipo torneira, que permite o escoamento do óleo em uma mangueira, de modo a ser coletado por baixo do veículo.

 
 
 
 
 
 

 
 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Flauta em aço inox para VW fluxo cruzado


Flauta quadrada de uma polegada em aço inox 304 polido, para cabeçote vw fluxo cruzado. Soldada pelo processo TIG, com suportes removíveis permitindo uso com diversos tamanhos de injetores. Nípeis soldados e encaixes dos bicos usinados para evitar vazamentos. Não requer alteração no coletor para a fixação.

 
 
 
 
 
 
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